Revista Mix: dança eternizada pela arte de Marília Chartune

Mirella Joels

Revista Mix: dança eternizada pela arte de Marília Chartune

Marília Chartune

Desde 1997, a artista Marília Chartune é responsável por pintar as capas do Santa Maria em Dança. As obras são realizadas em óleo e acrílico sobre tela. As artes homenageiam bailarinos e grupos que se destacaram nas edições anteriores. O convite para realizar as pinturas ocorreu na segunda edição do concurso:

– Participamos com uma exposição de dança no Shopping Monet e fui convidada a fazer da coreografia “Fogo”, a identidade visual do 3º Santa Maria em Dança, e até hoje fiz todas as pinturas – comenta.

As imagens que serão retratadas são escolhidas pela comissão do festival e as versões originais pertencem à Associação do Concurso. Marília assiste a todas as edições do festival e, para ela, uma das cenas mais marcantes que ela pintou do festival foi a apresentação do grupo “Marcando Presença”:

– É uma homenagem à coreografia “Urbanizando”, do coreógrafo Nicolas Xavier, com o grupo “Marcando Presença” composto por pessoas com Síndrome de Down. A reação deles ao ver a identidade visual com a imagem deles foi emocionante! – comenta

Na última exposição individual que realizou no Museu de Arte de Santa Maria (Masm), a artista levou 86 quadros para a Sala Iberê Camargo e reservou um espaço especial para as obras que retratam a dança. Na ocasião, uma professora interpretou todas as coreografias que foram retratadas em 24 anos.

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Abaixo, vamos recordar alguns personagens reais que já ilustraram as artes e Marília e que brilharam no festival

Minha carreira na dança está diretamente ligada com o Festival há 20 anos. Nele, eu tive todas as experiências possíveis: plateia, bailarino, coreógrafo, capa, jurado, convidado e, atualmente, coordenador artístico. O Santa Maria em Dança, há muito tempo, extrapolou os limites da cidade, é um dos mais sólidos e antigos do Estado e hoje atrai grupos de fora do país. Aliado ao Festival, temos o Projeto Dança Estudantes, que ajudou a semear a dança na cidade e suas ações reverberam até hoje com novos professores e bailarinos de todas as idades iniciando no mundo da dança, absorvendo valores e promovendo arte e cultura para todos. 

Vinicius Fernandes, Professor de Dança e diretor do Impacto das Ruas

“Um bailarino que saiu de um projeto social, e depois se inseriu em uma escola bem renomada, ingressou no Balé da Cidade de Santa Maria e depois figurou da capa do festival, foi muito bom e inesperado para mim. A energia desse palco é maravilhosa, foi onde eu iniciei em 1998. Esse foi um dos espetáculos mais importantes porque foi criação dos próprios bailarinos.

Vinício do Carmo,Técnico em enfermagem

“O trabalho foi inspirado na obra e vida do poeta Mario Quintana. “Na procura, o encontro” fez parte do Espetáculo da Cia “Retratos: entre a essência e a aparência” que teve estreia no Centro de Artes da UFSM. Ele foi reapresentado no Festival Santa Maria em Dança e no 30º Festival de Inverno de Campina Grande”

Pâmela Ferreira,Professora de Dança do Estúdio Integração e Arte

“Tínhamos uma proposta diferente da dança urbana na época. Os grupos utilizavam músicas bombadas do momento e a gente tinha a música do Super Mario, por exemplo. Tínhamos coreografias cômicas, inclusive, hoje sou palhaço profissional e trabalho com comédia”. 

Felipe Mendes, Ator e criador do Palhaço Katu Piry

“Ser capa do festival em 2010 foi algo muito marcante, pois sempre acompanhava e achava lindas as capas, eternizadas pelo talento da artista plástica Marília Chartune. Senti que nosso trabalho havia cativado o público e isso foi incrível”. 

Jean Mendes, Professor de dança e diretor da Vintage Dance Studio

“Participar da coreografia “Linha do Tempo” foi uma realização de muito esforço e muita dedicação. Era um sonho que todo o grupo tinha e, ao subir no palco, mostrar tudo o que treinamos e ainda sermos consagrados como capa do evento, não tem preço, foi uma experiência incrível. Foi mágico, como sempre é. A dança proporciona esse sentimento”.

Fabio Rodrigues,2º  Tenente do Exército Militar

“Este trabalho se chama Peleia dos Pagos. Teve sua estreia no festival em 2010. Alguns anos depois foi escolhido para estampar a capa do 20° Santa Maria em Dança. Esta foto foi tirada pelo fotógrafo Cláudio Cláudio Etges (in memorian) e pintado pela nossa grande artista Marília Chartune. Foi uma honra ser capa deste grande evento” 

Alline Fernandez,Professora de Dança e diretora do Estúdio Integração e Arte

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